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“Identificar um problema e tentar resolvê-lo não é racismo”: os estrangeiros que vivem em Portugal e militam no Chega

O Expresso falou com três pessoas que imigraram para Portugal e anos mais tarde se filiaram no Chega – e por isso não aceitam as acusações de xenofobia contra o partido. “Não é uma questão de nacionalidade, mas sim de adaptação", afirma Maíza Fernandes, deputada regional na Madeira

Marcus Santos, vice-presidente da distrital do Chega no Porto, no VI Congresso do partido
Rui Duarte Silva

É difícil entrevistar Marcus Santos: as perguntas do jornalista e as respostas do vice-presidente da distrital do Chega no Porto são constantemente interrompidas por militantes do partido – e até deputados – que param para felicitar o dirigente pelo discurso que fez horas antes no palco do VI Congresso do partido, em Viana do Castelo.

Marcus é brasileiro, negro, e já no último congresso tinha feito um dos discursos mais aplaudidos da noite. A retórica, que repetiu este sábado em Viana do Castelo, é simples: o Chega não é um partido racista nem xenófobo, como acusam muitas vozes da sociedade civil, porque se fosse não teria dirigentes estrangeiros nas suas fileiras.