A moção de Pedro Nuno Santos, entregue esta quinta-feira na sede do partido, com o programa político para a liderança do Partido Socialista, omite a política de coligações do candidato - apenas diz que a “geringonça” é um “legado do ciclo de liderança de António Costa que deve ser protegido - mas apresenta um leque de medidas dentro das expectativas que o ex-ministro foi alimentando. É mais à esquerda do que o Governo de maioria de António Costa, quando fala de compatibilizar os excedentes orçamentais com as necessidades sociais e económicas e ao propor a recuperação do tempo de serviço congelado de toda a administração pública, o que inclui os professores - em coerência com a declaração de voto que fez esta semana, no Parlamento, a concordar com o espírito da proposta do PSD para recuperar integralmente as carreiras ao longo de quatro anos. A palavra “esquerda” aparece apenas uma vez ao longo do documento todo.
Exclusivo
PS: Pedro Nuno quer recuperar o tempo congelado das carreiras de toda a administração pública (e não só dos professores)
O candidato à liderança do PS apresentou a sua moção de estratégia, onde diz que o ritmo de redução da dívida deve ser compatibilizado com outras necessidades. Pedro Nuno Santos aparece mais à esquerda que António Costa, mas avisa a “geringonça” que quer estabilidade nas leis laborais. A política de coligações, no entanto, só é mencionada de forma indireta.