O Chega vai a votos este fim-de-semana para eleger os órgãos internos de cinco distritais: Lisboa, Porto, Guarda, Santarém e Portalegre. Se nos três últimos distritos a corrida se faz de listas únicas, o mesmo não acontece em Lisboa e Porto: ambos os incumbentes, também deputados à Assembleia da República, estão a ser desafiados por vozes fiéis a André Ventura mas críticas do trabalho político das bases desde as autárquicas de 2021.
O universo eleitoral em Lisboa e Porto é “flutuante”, diz fonte da Mesa Nacional ao Expresso, mas representa cerca de metade dos militantes do partido e uma parte significativa dos delegados – numa altura em que o partido já confirmou a realização de outra convenção para aprovar novos estatutos, invalidados pelo Tribunal Constitucional. Neste momento estão em vigor os que foram aprovados pelo partido em 2019, e que obrigam Ventura a garantir dois terços dos delegados para eleger os membros da Direção – e por isso os resultados de Lisboa e Porto são particularmente importantes para o futuro interno do Chega.