“Não sou candidato a nada, vou ser deputado à Assembleia da República a partir do dia 4 de julho.” Foi assim que Pedro Nuno Santos terminou a sua audição de cerca de 8 horas na comissão de inquérito à TAP, a 15 de junho, que marcou o regresso do ex-ministro das Infraestruturas à arena política depois de seis meses votado ao silêncio.
Na altura, como o Expresso escreveu, Pedro Nuno Santos ditou o mote da sua reabilitação pública: não iria abrir guerra com António Costa, iria apostar na imagem de ‘político fazedor’ e puxar pelos resultados do seu ministério perante uma TAP que tinha sido privatizada “à pressa” pelo Governo anterior (do PSD). O plano mantém-se e Pedro Nuno Santos chega ao Parlamento apenas com a certeza de que não irá trabalhar em nenhuma comissão cujas áreas tutelou: infraestruturas, comunicações e habitação estão excluídas à partida. À procura de uma nova “normalidade”, o ex-ministro não trabalha noutro cenário que não o de suceder a António Costa no ciclo que se abrirá em 2026. O caminho até lá começa agora.