Longe vai o tempo em que a Função Pública era descrita por alguns partidos como excedentária, demasiado bem paga e com privilégios excessivos. Chegados a 2024, o discurso inverteu-se e não destoa muito entre a esquerda e a direita: o ritmo de envelhecimento não foi devidamente antecipado e o Estado está a perder trabalhadores muito rapidamente em setores fundamentais; após anos de congelamento os salários e as carreiras deixaram de ser atrativos; e, sintoma da desvalorização do Estado, há cargos dirigentes que já ninguém quer. E este é um dos problemas da Administração Pública, mas está longe de ser o único.