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Como tornar a cultura mais central no debate político e acessível aos cidadãos?

Ainda é muito cedo para se saber se terá estatuto de ministério ou de secretaria de Estado. Se vai estar unida à Educação ou ao Desporto. Nem que verbas estarão garantidas no próximo Orçamento do Estado. O que já se sabe é que esteve praticamente ausente dos debates entre os candidatos. Nos programas partidários, contudo, a Cultura não faltou e mereceu sempre uma lista de propostas, embora a forma como as ideias serão concretizadas raramente seja explícita

Tiago Santo com Freepik

Parente esquecido nas eleições, a Cultura não é prioridade nos debates nem nos programas partidários, mas ninguém tem coragem de excluir um capítulo dos programas eleitorais dedicado ao setor. Todos projetam cenários edificantes para a área, mas em muitos falta concretização na forma de cumprir as promessas. Há surpresas e, por vezes, pouco rasgo naquela que poderia ser a área mais criativa da campanha.

Ferida pela pandemia, a atividade económica gerada pela Cultura ainda está longe de recuperar os números pré-covid, o que responsabiliza ainda mais os partidos que, nos seus programas, defendem a importância da área para o bem-estar da população e o reforço da identidade nacional. Ou seja, a Cultura precisa de ajuda num país em que a questão da acessibilidade à fruição cultural está longe dos níveis desejáveis.