Parente esquecido nas eleições, a Cultura não é prioridade nos debates nem nos programas partidários, mas ninguém tem coragem de excluir um capítulo dos programas eleitorais dedicado ao setor. Todos projetam cenários edificantes para a área, mas em muitos falta concretização na forma de cumprir as promessas. Há surpresas e, por vezes, pouco rasgo naquela que poderia ser a área mais criativa da campanha.
Ferida pela pandemia, a atividade económica gerada pela Cultura ainda está longe de recuperar os números pré-covid, o que responsabiliza ainda mais os partidos que, nos seus programas, defendem a importância da área para o bem-estar da população e o reforço da identidade nacional. Ou seja, a Cultura precisa de ajuda num país em que a questão da acessibilidade à fruição cultural está longe dos níveis desejáveis.