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Crise política

Chega Açores assume “contactos informais” para acordo com PSD e admite viabilizar executivo de Bolieiro

Partido de André Ventura garante que não se juntará ao PS para fazer cair governo de Bolieiro. De resto, todos os cenários estão em aberto, diz José Pacheco: entrar no Executivo, oposição, ou até abstenção na votação do programa do Governo. “Até pode haver acordo escrito, mas mais do que isso é preciso um compromisso de adultos”, diz ao Expresso

O deputado e presidente do Chega Açores, José Pacheco, e o presidente do Chega, André Ventura
ANTÓNIO PEDRO SANTOS/Lusa

O Chega está disponível para tudo nos Açores – menos um acordo de incidência parlamentar. Apesar de ter ouvido José Manuel Bolieiro dizer que vai governar em maioria relativa, sem qualquer acordo com o partido de André Ventura, o líder do Chega Açores não acredita que será uma carta a deitar fora. Em declarações ao Expresso, José Pacheco diz que há “conversas informais” com social-democratas e que todos os cenários estão em aberto.

“Tem havido telefonemas de parabéns e o assunto vem ao de cima, por isso os contactos informais já estão a acontecer. Ainda é cedo. Sem dramas", diz José Pacheco, desvalorizando as palavras de Bolieiro na noite eleitoral. Para o líder do Chega Açores, o facto de Bolieiro ter dito que a vitória lhe dá condições para governar “sem ceder a chantagens” e ter empurrado a responsabilidade para a viabilização do seu governo para o PS, isso “é apenas conversa de político”.