Crise política

“Ninguém está acima da lei": Montenegro diz que não há consequências políticas “para já” a tirar na Madeira

Líder do PSD diz que não “desvaloriza” o caso que envolve Miguel Albuquerque, mas que neste momento não há consequências a tirar. “Há esclarecimentos e prova que tem de ser obtida”, defende, pedindo uma investigação com “rapidez e diligência”

Miguel Albuquerque, presidente da Região Autónoma da Madeira, com Luís Montenegro, presidente do PSD, no Conselho Nacional do partido
MANUEL DE ALMEIDA

Luís Montenegro considera que as buscas da Polícia Judiciária (PJ) na Madeira, que envolvem com um dos suspeitos principais o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, não devem ter, para já, consequências políticas. “Foi hoje conhecida uma investigação, com três inquérito” e “há esclarecimentos e prova que tem de ser obtida”, reage o líder do PSD.

Montenegro garante que não desvaloriza a investigação ou as buscas, e que pode haver lugar a consequências, caso se confirmem as suspeitas. Agora, porém, este é o momento de apurar os factos. “Espero que esta investigação decorra com rapidez, diligência, e o quadro de suspeita hoje levantado possa ser alterado e esclarecido, de forma a que não haja responsabilidade nem do presidente do Governo Regional nem do presidente da Câmara do Funchal”, Pedro Calado.

Também eleito pelo PSD, Calado foi detido, juntamente com outros dois empresários de construção civil, Avelino Farinha e Caldeira Costa.

Para Montenegro, o caso “não tem impacto direto na campanha”, mas provoca “uma perturbação na atenção política e no esclarecimento dos eleitores”, admite. O presidente social-democrata defende-se também com “a informação limitada” que tem por esta altura, e recusa comparar este com o caso de António Costa.

“As divergências [de um caso e outro] são mais do que muitas, eu sempre disse que não foi por causa de um parágrafo, mas não me quero deter-me sobre isso agora", respondeu, à entrada da apresentação do programa económico do partido.