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Crise política

Listas agitam PSD, que ainda tenta virar-se para Pedro Nuno: estratégia precisa de tempo

Montenegro aposta em ignorar Chega, carregar na “falta de confiança” no novo líder socialista e esperar que PS descole de Costa. Leva tempo, dizem os dirigentes

Nuno Melo, Luís Montenegro e Gonçalo da Câmara Pereira na apresentação formal da nova AD

É “sempre assim” nos partidos, no PSD em particular. Chegado o fim da legislatura, com uma mudança de liderança no partido pelo meio e à beira de serem conhecidos os nomes que vão ser indicados para candidatos a deputados, a agitação aumenta. Há os deputados que sabem que se vão embora, porque são distantes da atual direção ou porque não querem manter-se, há os que ficam e há ainda os que não sabem o que lhes vai acontecer. A direção do PSD mantém silêncio total.

A reunião do grupo parlamentar do PSD desta quinta-feira, carregada de deputados escolhidos por Rui Rio, foi, segundo várias fontes ouvidas pelo Expresso, de despedida para vários. A certa altura, comenta uma dessas fontes, “só faltava mandar vir a funerária”. E na segunda-feira, “quando vão lá pôr as flores”, na metáfora do deputado, “vai haver muita gente aziada”.