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Crise política

Congresso do PS: unidade nas listas, continuidade no programa

Pedro Nuno Santos lança prioridades no Congresso. Ordem é estabilidade, continuidade e unidade

Pedro Nuno venceu as eleições diretas a 16 de dezembro
NUNO BOTELHO

O acordo entre o vencedor e o vencido foi fechado à beira do ano novo: Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro vão ter uma lista única à Comissão Nacional, órgão máximo do partido entre Congressos, sendo essa representação proporcional também estendida à Comissão Política Nacional. Tentativa semelhante deverá acontecer nas bases programáticas: Alexandra Leitão, que vai coordenar o programa eleitoral do PS para as legislativas, já reuniu com André Moz Caldas, apoiante de Carneiro, e “aguarda contributos” (dele e de outros) para aquilo que vai ser o programa de Governo — caso o PS vença as eleições. A ideia de Pedro Nuno Santos, que tem este fim de semana o Congresso da sua entronização, é passar uma mensagem de partido unido, focado na “estabilidade” e na continuidade das políticas.

“O partido não está dividido ao meio, nem a 30%”, diz ao Expresso um apoiante, sublinhando que “o Congresso é o culminar das eleições internas e o resultado não é uma divisão, é a união”. Daí que o Congresso esteja organizado de forma a dedicar um dia (a noite de sexta-feira) a António Costa, com Pedro Nuno a falar ao partido no sábado — para lançar as tropas para o combate eleitoral de março — e ao país no domingo, já depois de aprovada a sua moção e de eleitos os novos órgãos do partido (com nomes próximos de José Luís Carneiro e até Daniel Adrião incluídos), lançando para o exterior aquilo que serão as suas “prioridades” programáticos e eixos de combate eleitoral contra a suposta “instabilidade” da direita.