André Ventura e vários dirigentes do Chega deslocaram-se este sábado à Praça do Rossio, em Lisboa, para garantir aos comerciantes e eleitores que o partido vai “libertar o país da maior carga fiscal de sempre e libertar o país da corrupção”.
Numa “mensagem de esperança e alegria” para 2024, o líder do Chega prometeu que “aquilo que aconteceu nos últimos anos não vai voltar a acontecer.” “O tempo não é de grande alegria, mas esperemos que possam confiar em nós para que o o próximo ano seja melhor do que 2023”, afirmou Ventura, acrescentando que “a economia vai ficar melhor” caso o Chega seja a “alternativa” a Pedro Nuno Santos e ao PS.
Ventura garantiu, assim, que a recém formada Aliança Democrática, anunciada esta quinta-feira por PSD e CDS-PP, “não muda o objetivo eleitoral do Chega”: ter mais votos do que Luís Montenegro.
“O PSD é um partido livre, alia-se a quem quiser. Neste caso escolheu um partido que não tem grande expressão eleitoral”, desvalorizou Ventura, apontando que a situação seria “diferente” se a aliança fosse entre PSD e Iniciativa Liberal.
“Toda a gente percebe que Aliança é só de nome, e aparentemente nem poderá ser esse o nome”, sublinhou o líder do Chega, numa alusão à reação do Partido Popular Monárquico – que contestou a utilização da sigla por já ter dado nome ao bloco de direita dos três partidos entre 1979 e 1983.
“É um mau começo e mostra o desespero de quem quer ter mais votos do que o Chega. Não vai convencer as pessoas”, garantiu Ventura, voltando a comparar Pedro Passos Coelho com Luís Montenegro.
“Não quero insistir muito mais, mas Passos Coelho disse em dois, três minutos aquilo que o PSD deveria estar a dizer há muito tempo”, apontou, sublinhando que a estratégia eleitoral do Chega vai manter-se a mesma – e que o PSD tem de “repensar o seu modelo de campanha”.