Exclusivo

Crise política

António Costa mantém hipóteses europeias em aberto

Candidatos à liderança do PS veem com bons olhos uma candidatura de Costa, que põe o futuro nas mãos da Justiça

TIAGO PETINGA/Lusa

A semana em que o Governo de António Costa entrou em gestão corrente, com poderes constitucionais limitados, foi também a semana em que António Costa entrou em força no registo de campanha eleitoral. Tanto na campanha do PS para as legislativas de março, onde também o seu legado interrompido irá a votos, como na luta interna dos socialistas (começou a fazê-lo na Gulbenkian, numa defesa histórica de Mário Soares que animou as hostes de Pedro Nuno Santos, ainda que reafirme que se manterá “neutral”). Mas, sobretudo, entrou em força na campanha pelo resto da sua própria vida política.

Ainda que saiba que o seu futuro está nas mãos dos timings da Justiça, António Costa, sabe o Expresso, não fecha portas a nada: seja a desejada presidência do Conselho Europeu, seja a presidência do Parlamento Europeu, sendo este o único dos top jobs que requer eleição nacional prévia como eurodeputado. Mas para qualquer lugar europeu será útil, o ainda primeiro-ministro estar dentro da ‘máquina’. Para isso, Costa teria de encabeçar a lista do PS às europeias, em junho, e, a esta distância, nenhum dos candidatos à liderança do PS enjeita essa possibilidade.