O que mais o surpreendeu foi a invasão da Ucrânia. O que ainda não sabe – mas espera que não – é se terá uma outra surpresa com a China e Taiwan. O que espera para ver é se a direita radical, junto com o PPE, se pode tornar maioritária nas próximas eleições europeias. Augusto Santos Silva acaba de lançar “Ligar”, uma reflexão sobre a política externa portuguesa nos dias em que foi ministro dos Negócios Estrangeiros, que escreveu há alguns meses, antes de chegar a crise política. Esta é a primeira parte de uma conversa com o Expresso, inteiramente dedicada a esse tema (a política nacional segue noutro texto e na edição em papel do Expresso desta sexta-feira).
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Augusto Santos Silva: Meloni foi "sensata" na política externa, mas sabe que "uma ruptura no interior da UE fragilizaria Itália ainda mais"
Augusto Santos Silva tem um novo livro, dedicado à política externa enquanto ex-ministro dos Negócios Estrangeiros. Mas ainda não vai dedicar-se à academia: nesta conversa com o Expresso, diz-se disponível para voltar a integrar as listas do PS nas legislativas, mas fala sobretudo da surpresa que teve com Putin, de gerir a relação da China sem ingenuidade e dos populismos na Europa (e em Portugal) a sete meses das eleições europeias