O “sentido de dever” é a justificação do ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, para se manter em funções nas atuais circunstâncias de um Governo demissionário. Assim justificou a sua presença na discussão sobre o Orçamento do Estado, na Assembleia da República, esta segunda-feira, e que durou mais de cinco horas. Isto assumindo que “um futuro governo terá o seu programa e poderá mudar este orçamento”.
Para já, assegura que não tenciona demitir-se perante as suspeitas que recaem sobre os dirigentes das autoridades ambientais (Nuno Lacasta, da Agência Portuguesa do Ambiente, e Nuno Banza, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) e o seu ex-secretário de Estado da Energia, João Galamba. Lembrou não ser arguido em qualquer processo e que “foi decisão do Presidente da República que a demissão [do Governo] acontecesse depois da aprovação do Orçamento do Estado”.