Sem tempo para testes. Os estilhaços do terremoto político da semana provocaram uma consequência óbvia no PSD, mas nem por isso menos importante: Luís Montenegro é o candidato a primeiro-ministro. “Passou diretamente para a final”, resume um deputado laranja. O exame das europeias, marcado para junho, fica sem efeito. Tal como outros que pudessem aparecer por um caminho que se esperava que fosse de mais três anos.
O tempo agora é de arregimentar tropas em torno do líder, mesmo as que não são da linha Montenegro. “É o último reduto de lealdade ao partido”, contextualiza um social-democrata de longa data, habituado a disputas internas. E acrescenta que “o partido já estava unido” (Montenegro tem andado a percorrer os distritos), “mas isto não é novo: quando cheira a eleições, aparecem todos”.