Foi meia-hora depois da abertura de portas que Paulo Raimundo se estreou como secretário-geral do PCP na Festa do Avante. A primeira paragem do líder comunista foi o espaço de exposições que se divide entre um tributo aos 100 anos do Carnaval de Torres Vedras e as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. “Quase que me arriscava a ser rei do Carnaval”, disse durante a passagem junto aos cartazes. Ao fim de quase uma hora de visita, Paulo Raimundo desfez-se em críticas ao Governo no seu primeiro discurso na rentrée do partido. “Esta é a festa para projetar o futuro que precisamos num momento em que o país vive uma brutal contradição entre a propaganda e vida dura do nosso povo”, atirou. Além dos concertos que se estendem até domingo, esta festa “procurará projetar” algumas das reivindicações dos comunistas como o “aumento dos salários e das pensões” ou a “redução dos preços” dos bens essenciais.
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Paulo Raimundo estreia-se na Festa do Avante com críticas à “total contradição” entre “propaganda” e “vida dura” das pessoas
No primeiro discurso como secretário-geral na Festa do Avante, Paulo Raimundo escolheu fazer pontaria ao executivo de António Costa. Além de criticar a “propaganda” socialista, o líder comunista voltou a vincar as propostas do PCP para a habitação como o “limite máximo de 0,43% do aumento das rendas”