Menos de um mês depois de ter sido chumbada com os votos contra de toda a oposição - à exceção do PCP, que se absteve -, a Carta Municipal de Habitação (CMH) em Lisboa de PSD e CDS está a ser consensualizada entre a equipa de Carlos Moedas e o PS para receber luz verde.
O Expresso sabe que, logo após o chumbo, a equipa da Habitação na capital reuniu com os vários partidos para perceber como voltar a levar a proposta a votos, mas agora com a certeza de um resultado diferente. E as negociações entre Filipa Roseta, vereadora da habitação, e o PS estão “muito bem encaminhadas”, conta uma fonte ao jornal. Outra fonte, do executivo de Moedas, diz ao Expresso que “Lisboa já podia e devia ter a Carta aprovada, não fosse a infeliz manobra política do PS”. De um lado e do outro, dá-se como quase certo que o plano vai mesmo ser aprovado. Faltam só os detalhes.
Para o PSD, o pacto é visto como um recuo do PS. Ou, como diz a mesma fonte social-democrata, “um tiro no pé” que os socialistas “querem agora corrigir” e que ficou claro depois de um presidente de Junta do PS, Miguel Coelho, se ter demitido da comissão de habitação na Assembleia Municipal em desacordo com o chumbo da Carta.