O polémico caso do acolhimento de refugiados em Setúbal continua a suscitar várias dúvidas. Quase duas semanas após a manchete do Expresso a dar conta de que refugiados ucranianos estavam a ser recebidos por russos pró-Putin naquele concelho, ainda são poucas as certezas.
Entre esta terça e quarta-feira, foram ouvidos no Parlamento vários intervenientes – o presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal, a Alta-Comissária para as Migrações (ACM), a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, o ministro da Administração Interna (MAI), o secretário-Geral do Sistema de Segurança Interna (SSI) e o Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (CFSIRP).
Se a Associação dos Ucranianos em Portugal garante ter alertado, em abril, o Alto Comissariado para as Migrações (ACM) sobre a existência de associações ucranianas pró-Putin. O organismo diz que só soube do caso de Setúbal pela comunicação social. Já o Governo, apesar de não se demitir de responsabilidades, aponta o dedo à autarquia sadina.