André Ventura, presidente do Chega, vai apresentar nomes alternativos ao de Diogo Pacheco de Amorim para vice-presidente da Assembleia da República. O anúncio foi feito esta quarta-feira, depois da conferência de líderes parlamentares, com Ventura a considerar que a eleição de um nome do Chega para vice do Parlamento é uma questão constitucional.
“Esta não é só uma questão legal, é uma questão constitucional”, afirmou o presidente do Chega em declarações aos jornalistas, nos Passos Perdidos. Ventura antecipa como “possível o chumbo” do nome proposto pelo seu partido para uma das quatro vice-presidências do Parlamento: Diogo Pacheco de Amorim. Mas, continuou, “uma coisa é ser chumbado um nome” pelo seu passado e pelas suas ideias, como será o caso de Pacheco de Amorim, outra, bem diferente para Ventura, é chumbar um partido.
Por isso, logo depois da primeira votação, caso se confirme a rejeição do primeiro nome, o Chega irá mudar de candidato. “Na primeira sessão vamos imediatamente apresentar outro nome e, caso esse nome seja chumbado, vamos recorrer ao Tribunal Constitucional”, anunciou Ventura, para quem o espirito da Constituição é dar um lugar de vice-presidente da Assembleia da República a cada um dos quatro partidos mais votados.
O presidente do Chega invocou até, em favor desse argumento, a posição do PCP numa das revisões constitucionais. A Constituição diz que cabe ao Parlamento “eleger por maioria absoluta dos Deputados em efetividade de funções o seu Presidente e os demais membros da Mesa, sendo os quatro Vice-Presidentes eleitos sob proposta dos quatro maiores grupos parlamentares”.