Apresentada pelo PCP, a proposta para recomendar ao Governo a suspensão imediata das obras da Linha Circular do Metro foi aprovada esta manhã na reunião privada da Câmara Municipal de Lisboa (CML), uma das primeiras depois de conhecida a distribuição de pelouros da equipa de Carlos Moedas. A moção do PCP inclui ainda o pedido para que o Governo não assine a concessão da obra dos viadutos do Campo Grande (que servirá para fechar o círculo do ‘novo’ metro), que articule com a autarquia as prioridades para a linha e que estude os impactos financeiros de refazer os projetos. Foi aprovada com os votos a favor de PSD, CDS, PCP e Bloco de Esquerda e votos contra do PS e do Livre.
A oposição à nova configuração da linha é antiga, com um diferença em relação ao que aconteceu há mais de um ano, quando a mesma CML aprovou uma deliberação para manifestar ao Governo a discordância com o projeto. É que na altura o presidente era Fernando Medina, defensor da linha circular. Desta vez, é Carlos Moedas, alguém que desde a campanha eleitoral tem reforçado essa oposição.
No final da reunião desta manhã, o novo autarca mostrou-se “naturalmente satisfeito” pela aprovação da moção, porque a linha circular “é um erro” e “está longe ser a melhor opção para servir a cidade”.
“É bom que fique claro”, frisa Carlos Moedas, em declarações enviadas ao Expresso, que “eu não defendo que seja tudo mudado, que suspendam todas as obras em curso. Defendo é que estamos no meio do caminho e que é crucial resolver a questão dos problemas de transbordo no Campo Grande”, a nota em que o PCP também tem insistido. “Tenho defendido a opção em laço, que é aplicada noutras cidades europeias.”