O discurso de posse de Marcelo Rebelo de Sousa foi um hino à máxima segundo a qual a sorte dá trabalho. No arranque do seu segundo mandato, o Presidente da República escolheu falar de esperança - "Nunca as nossas mãos ficarão vazias" - mas o caderno de encargos que deixou ao Governo e a si próprio é imenso, tão imenso que fez da aposta na "estabilidade política" um pilar essencial ao seu cumprimento, e o ritmo acelerado em que discursou é de quem entende que não há tempo a perder.
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Marcelo deixa pesado caderno de encargos: “A reconstrução duradoura é muito mais do que regressar a 2019”
Um discurso a mil à hora, como quem não tem tempo a perder. Marcelo Rebelo de Sousa fez na posse um balanço qb crítico de Costa I - "atenuou suavemente as desigualdades sociais, mas foi adiando investimentos e transformações mais profundas" - e deixou um fardo pesado a Costa II. Mais crescimento, menos desigualdades, "clareza, boa gestão e eficácia" na 'bazuca'. Pela sua parte, o Presidente promete ser "o mesmo de há cinco anos". E "o mesmo de ontem". Se houver estabilidade política, ajuda.