No debate entre Marcelo Rebelo de Sousa e Tiago Mayan Gonçalves, na RTP1, o candidato liberal até agora desconhecido pela maioria dos portugueses, começou ao ataque. E foi eficaz ao pegar no ponto forte do Presidente da República: a sua popularidade. "O que move o senhor Presidente é a sua popularidade. É isso que o põe sempre ao lado do Governo, exceto quando sente a sua popularidade ser ameaçada", atirou o candidato a Belém apoiado pela Iniciativa Liberal (IL).
A estratégia obrigou o Presidente da República a demarcar-se do Governo, garantindo que zelou sempre pela estabilidade governativa e que nunca houve uma crise, nem "no caso mais flagrante" dos incêndios de 2017 para se interromper a legislatura. "Uma coisa é estar com o Governo e outra é estar com portugueses, eu estive com os portugueses. Vetei mais diplomas do Governo do que todos os Presidentes, tirando o Presidente Eanes no primeiro mandato", justificou.
Marcelo admitiu estar preocupado com o alívio das restrições no Natal e a situação nos lares, sublinhando que será necessário avaliar os últimos dados epidemiológicos na reunião com especialistas no próximo dia 12, antes de uma nova renovação do estado de emergência. "A sensação que eu tenho é que houve um laxismo também agora, sobretudo hoje, mais do que ontem e nos dias anteriores. E, isso, obriga a que uma renovação seguinte seja uma renovação atenta a essa evolução da situação", disse.