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Impasse nos fundos: Bruxelas estuda soluções para um Fundo de Recuperação sem Hungria e Polónia

Portugal arrisca um corte radical nos pagamentos dos fundos de coesão por causa do impasse na aprovação do orçamento europeu. António Costa insiste num acordo na cimeira da próxima semana e recusa um plano B. Mas a Comissão Europeia estuda já cenários alternativos

É um sinal de aviso e de pressão para que Budapeste e Varsóvia repensem a posição e o veto ao pacote de recuperação. A Comissão Europeia está a estudar soluções que permitam à maioria dos países avançar com um Fundo de Recuperação sem a Hungria e Polónia. Isto se não se ultrapassar o braço-de-ferro.

Há um enquadramento legal para criar um Fundo de Recuperação apenas com 25 Estados-membros, que funcionaria até que houvesse um entendimento entre os 27, explica ao Expresso fonte comunitária. A Comissão Europeia conseguiria mesmo apresentar uma proposta já em janeiro e, dependendo da dinâmica de decisão dos países, o Fundo poderia entrar em funcionamento de forma a permitir os primeiros desembolsos no final da primavera, em linha com o que está previsto no atual plano.