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Política

“E agora quando é que vamos ter o fundo de recuperação?”

Fechado o acordo político sobre o próximo Orçamento Comunitário, os eurodeputados desafiam os governos dos 27 a avançar com a ratificação do Fundo de Recuperação e a resolver um problema chamado Orbán. Para trás fica uma negociação para reforçar os programas europeus recorrendo à criatividade.

Christopher Furlong/Getty Images

Apesar do fumo branco nas negociações com o Parlamento Europeu sobre o próximo Orçamento Comunitário, a data de entrada em vigor dos novos fundos europeus, sobretudo das verbas do novo fundo de Recuperação, está ainda envolta em nevoeiro. Deveria ser a um de janeiro, mas o processo tem vindo a derrapar.

"E agora perguntamos, quando é que vamos ter o Fundo de Recuperação", questiona o eurodeputado José Manuel Fernandes, repetindo uma pergunta dos jornalistas durante a conferência de imprensa que se seguiu ao anuncio do entendimento orçamental. É quando o Conselho quiser", responde, reforçando que a partir de agora "acabaram todas as desculpas" dos 27 governos para não se avançar com os novos recursos próprios - que permitem à Comissão endividar-se nos mercados para financiar o Fundo - e a respetiva ratificação nos parlamentos nacionais, algo que pode demorar bem mais de dois meses.