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Política

Costa quer uma "bazuca" mais pequena para poupar na dívida pública. De que dinheiro estamos a falar?

Os números que compõem o envelope de ajuda europeia são elevados. Muitos não estão ainda totalmente fechados, seja porque dependem da evolução da economia, seja porque ainda decorrem as negociações entre o Conselho (governos dos 27) e o Parlamento Europeu.

Antonio costa e ursula von der leyen 28 de setembro 2020
Etienne Ansotte

Há semanas que não se fala de outra coisa. É certo que o Governo tem de aprovar o Orçamento do Estado para 2021, mas as atenções de António Costa dividem-se entre o Orçamento do Estado e o Plano de Recuperação e Resiliência, na prática, o plano a seis anos que traça as linhas do investimento que Portugal quer fazer na recuperação económica e social do país com o dinheiro que vem da Europa.

Mas que dinheiro vem? Há vários planos e mecanismos que se cruzam nos próximos anos e todos têm as suas regras próprias. Neste momento, o orçamento comunitário ainda não está finalizado, falta o entendimento entre o Parlamento Europeu e o estados-membros, mas os países têm de entregar até 15 de Outubro um esboço do Plano de Recuperação e Resiliência. Foi esse esboço que António Costa apresentou esta terça-feira, com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia ao lado.