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Défice de 2021 agrava-se em mais de €1.950 milhões (sem contar com as medidas contra a crise)

Ministério das Finanças revela que medidas já tomadas aumentarão a despesa do próximo Orçamento do Estado para 2021 em mais de 2%. E ainda falta o impacto da Covid-19 e o resultado das negociações com a esquerda

João Leão, ministro das Finanças, na Assembleia da República
TIAGO MIRANDA

O Ministério das Finanças quantifica em €1.956 milhões de euros o agravamento do saldo orçamental de 2021 resultante de medidas já tomadas em anos anteriores, desde investimentos em curso a progressões nas carreiras da função pública ou atualizações das pensões - sem contar com as medidas recentes de combate à crise nem com os eventuais resultados das negociações à esquerda.

Isto significa que, mesmo sem tomar quaisquer novas medidas, o Orçamento do Estado (OE) para 2021 já “implica em termos globais um aumento da despesa no próximo ano de cerca de 2,1%, em comparação com 2020, exclusivamente por via destas medidas e tendências estruturais de aumento de despesa”.