São sinais preocupantes para o PSD aqueles que chegam da direita. Os sociais-democratas sempre viram no CDS um parceiro preferencial para qualquer futura coligação e a eleição de Francisco Rodrigues dos Santos, que se propôs cortar com a linha catch-all party de Assunção Cristas para devolver o partido à direita, tranquilizava a direção de Rui Rio. Com o PSD apostado em crescer ao centro, era importante que alguém percorresse esse caminho à direita. Mas as dificuldades de afirmação do líder do CDS e a tentação para, aqui e ali, experimentar a via do populismo fazem franzir o sobrolho: se o CDS não voltar rapidamente aos eixos, o Chega poderá afirmar-se como o partido mais votado à direita. Aí, será muito mais difícil desenhar qualquer projeto de aliança.
Esta semana, à boleia da proposta para criar um plano de confinamento para a comunidade cigana, André Ventura tentou arrastar Rio para o mesmo barco e acabou a falar sozinho. Para o líder do PSD, essa é a regra de ouro: ignorar e não dar palco. Foi assim quando Ventura sugeriu que Joacine Katar Moreira fosse “devolvida ao seu país de origem”. À pressão para reagir, Rio respondeu. “Não dou para esse peditório.”
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