Política

Covid-19. Forças de segurança vão receber listas a nível local das pessoas sujeitas a isolamento

À luz das novas regras, pessoas doentes ou sob vigilância ativa terão de estar em quarenta obrigatória. Autoridades vão saber quem são e onde residem

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita
JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

É uma das dúvidas que permanece por esclarecer inteiramente: como é que Governo e autoridades responsáveis serão capazes de garantir que as pessoas que estão doentes ou sob vigilância ativa cumprem a ordem (obrigatória) de permanecer em casa? O desenho final do modelo está a ser afinado, mas, ao que o Expresso apurou, há um ponto assente: as forças de segurança vão receber listas a nível local das pessoas sujeitas a isolamento.

Isso mesmo foi confirmado ao Expresso por fonte oficial do Ministério da Administração Interna. De que forma é que isto se vai articular no terreno é ainda pouco claro e levanta algumas questões: como é que um agente da PSP, por exemplo, pode inferir que aquela pessoa que está atravessar o passeio é ou não um dos doentes referenciados?

Os detalhes serão conhecidos mais tarde, quando for divulgado o plano oficial, mas a estratégia parte de duas premissas simples: primeiro, do bom senso de quem, estando doente ou sob vigilância, sabe que tem de cumprir ordens (e não fazê-lo constitui um crime de desobediência civil); e, em segundo lugar, da certeza de que os agentes de segurança têm agora poderes reforçados para pedirem, se assim o entenderem, a identificação das pessoas com quem se cruzarem.