Política

Marcelo sobre a greve dos motoristas: “Não basta que as aspirações sejam legítimas”

Presidente da República diz que a greve marcada para 12 de agosto pode colocar os portugueses contra os motoristas

“Ponderação” e uso dos “meios adequados”. Numa reação ao pré-aviso de greve dos motoristas de matérias perigosas, o Presidente da República considerou esta terça-feira que “não basta que as aspirações sejam legítimas”.

“O direito à greve é um direito que a Constituição prevê”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, mas para que os fins sejam alcançados há que “utilizar os meios mais adequados” Para o Presidente da República, “uma análise lúcida impõe ponderação”. Trata-se, defendeu, de “não perder a razão”.

“Uma coisa é uma greve vista como contra os patrões e o Estado”, outra como sendo também “contra muitos dos portugueses”. Para Marcelo rebelo de Sousa, “se isso acontece”, há o risco de “um conjunto de ideias que merecem ser acolhidas” deixarem de merecer apoio.

O Presidente lembrou que acompanha “desde há muito tempo” as reivindicações destes motoristas. Esta é uma análise que “faço em geral, mas que obviamente tem presente a simpatia com que acompanhei as preocupações deste sector”, acrescentou Marcelo aos jornalistas, para sublinhar que considera a via do “diálogo e da conversação” como o melhor meio para se chegar a um entendimento entre as partes.