António Costa defende que nada mudou desde a formação original do Governo, na sequência da polémica sobre as relações familiares no seu Executivo.
Numa declaração escrita à SIC, o primeiro-ministro disse concordar com a tese de Marcelo Rebelo de Sousa que sublinhou na quarta-feira que esta situação não é inédita uma vez que foi Cavaco Silva quem nomeou os quatro membros do Governo com relações familiares. Mas depois dessa afirmação, o Presidente já tinha dito ao Expresso: "Não me venham com mais nomes", admitindo que "não se pode ser rígido" e que há sempre exceções à regra". Mas que a sua bitola é que "não é bom misturar família com política".
O primeiro-ministro desvalorizou os casos: “Não só não há qualquer novidade que dê atualidade ao tema, como a experiência destes três anos provou não ter havido qualquer problema com estas duas coincidências”, declarou António Costa à SIC - mas sem se pronunciar sobre as nomeações de familiares para os gabinetes ministeriais.
Acrescentou ainda que entre os 62 membros do seu Governo,
36 são militantes do PS e 26 são independentes; 30 já tinham exercido algum cargo político (Governo, AR, Câmaras Municipais...), 32 exercem cargos políticos pela primeira vez, enquanto 13 já tinham sido membros do Governo e 49 nunca o tinham sido.
O primeiro-ministro disse ainda concordar com a necessidade de abrir o sistema político no país. “Por isso orgulho-me do contributo que este Governo dá”, rematou.