Política

Aprovada a construção por ajuste direto da ala pediátrica no Hospital de São João

Todos os partidos estão de acordo: as obras devem começar o mais rapidamente possível

Rui Duarte Silva

A polémica arrasta-se há meses, desde que foram noticiadas as más condições em que se encontravam as instalações em que são tratadas as crianças com cancro no Hospital de São João, no Porto. Agora, o Parlamento acaba finalmente de aprovar a solução vista como mais rápida para o assunto: a contratação de serviços para construir novas instalações por ajuste direto.

O assunto tem servido de arma política há muito, com trocas de acusações mútuas entre os partidos - a direita acusa o PS de deixar os serviços chegar a um estado de degradação inaceitável, os socialistas recordam que o anterior Governo "lançou a primeira pedra" das novas instalações mas que a construção não se chegou a concretizar. Fernando Negrão, líder parlamentar do PSD, chegou a discutir o assunto com António Costa durante um debate parlamentar em que prometeu que o PSD aprovaria qualquer medida que visasse corrigir rapidamente a situação do hospital.

Foi o que aconteceu esta terça-feira, depois de um pequeno percalço. Depois de todos os partidos terem votado a favor de uma proposta do BE para a construção de novas instalações, que previa ainda a construção de novos hospitais em Barcelos, Póvoa de Varzim e Algarve, chegou a proposta do PS que previa que essa construção acontecesse por ajuste direto e sem necessidade de visto prévio do Tribunal de Contas.

Inicialmente, houve alguma surpresa por o PSD ser o único partido a votar contra, contrariamente ao que tinha prometido. Afinal, tudo não passou de um engano, corrigido minutos depois, e todos os partidos se uniram para acelerar a medida - o Governo já tinha autorizado o lançamento de um concurso para as obras, mas que tinha sido considerado pelos pais das crianças "pouco claro". Agora, os serviços serão contratados sem concurso.