Nunca se candidatou a um emprego e foi de estagiária a diretora-geral na multinacional de produtos de grande consumo Procter & Gamble Portugal. Há 25 anos que Cláudia Lourenço, atual diretora-geral da Procter & Gamble Portugal está na empresa. Foi a primeira mulher a assumir a liderança da operação nacional, em 2018, precisamente 20 anos depois de ter chegado à organização.
Mãe de quatro filhos, garante que a “bagagem familiar” nunca lhe limitou os passos. Gozou, em pleno, quatro licenças de maternidade, pede redução de horário sempre que precisa de dar apoio à família e garante que conciliar o papel de “Cláudia mãe” e “Cláudia diretora” nunca foi um problema. Primeiro porque ambas são a mesma pessoa. Depois porque a empresa onde trabalha reconhece que há uma vida além da cadeira que se ocupa e que o líder é, antes de mais, uma Pessoa.
Define-se como uma “líder servidora” e não tem dúvidas de que a razão de ser da função que ocupa é “estar ao serviço do outro”. E por “estar ao serviço” entenda-se ajudá-lo a ultrapassar dificuldades, dar-lhe condições para se desenvolver e crescer e, mais do que isso, mostrar-lhe o potencial que tem e que ele próprio desconhecia.
Foi a fórmula que funcionou consigo e é a que hoje pratica junto das suas equipas. Em 25 anos de percurso profissional na empresa, Cláudia Lourenço garante que nunca sentiu vontade de mudar e foram vários os convites. Porquê? Porque continua a sentir-se uma “eterna estagiária, que aprende todos os dias, que se sente permanentemente desafiada”. E isso, garante, “é tudo”.
O CEO é o limite é o podcast de liderança e carreira do Expresso. Todas as semanas a jornalista Cátia Mateus mostra-lhe quem são, como começaram e o que fizeram para chegar ao topo os gestores portugueses que marcaram o passado, os que dirigem a atualidade e os que prometem moldar o futuro. Histórias inspiradoras, contadas na primeira pessoa, por quem ousa fazer acontecer. Ouça outros episódios aqui.