Um dia depois de ter acusado o primeiro-ministro de mentir por alegadamente Luís Montenegro lhe ter proposto um acordo nas reuniões discretas entre ambos, André Ventura escreveu na rede social X que, no dia 15 de julho, esteve em cima da mesa “um acordo específico” entre Chega e o Governo - o que violaria as linhas vermelhas traçadas pelo PSD. O líder do Chega, no entanto, acrescentou nesse mesmo post, publicado esta sexta-feira, que o partido recusou a negociação com base neste argumento: “Ficou claro, da nossa parte, que não serviríamos de remendo mas apenas estaríamos disponíveis para um acordo de governação e legislatura que transformasse Portugal”. Acontece que, ao longo do verão, Ventura nunca usou este argumento como condição para a viabilização do Orçamento do Estado para 2025, como tinha feito no início da legislatura.
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Ventura já tinha deixado cair "acordo de governação": andava a propor uma coisa em público e outra em privado a Montenegro?
O líder do Chega já tinha abandonado a exigência - de um acordo de Governo para a legislatura - que diz ter feito a Montenegro, rejeitando um entendimento pontual para o Orçamento. Em público, apresentou condições pontuais, inclusive no mesmo dia em que foi à TVI/CNN acusar o primeiro-ministro de mentir. A sugestão de Ventura para a AD retirar a proposta de Orçamento e apresentar uma nova é ilegal