O ministro das Finanças defende o “Fundo Medina”, um instrumento para financiar obras no futuro com o dinheiro do excedente orçamental. Sobre a TAP, justifica a venda da maioria do capital, mas não explica a mudança de posição do Governo.
Porque não aproveitar ainda mais o excedente deste ano e do próximo ano para reduzir a dívida e em vez disso constituir um fundo soberano?
Não lhe chamaria soberano, no sentido que o objetivo não é fazer investimentos no exterior para obter maiores rentabilidades. O país ter saldos positivos em épocas de crescimento deve ser algo que devemos encarar com naturalidade e deixarmos de pensar que, quando temos saldo positivo, toca a gastá-lo o mais rapidamente possível. Onde? Normalmente, na reivindicação do momento e da época. Acho que isso seria um grande erro. Um erro grande e grave do ponto de vista da política económica era se nós, num ano de um saldo orçamental positivo, transformássemos esse saldo numa despesa permanente.