Não é por acaso que Fernando Medina iniciou a apresentação do Orçamento do Estado pela dívida pública. Há muito que o Governo quer descolar do clube dos mais endividados da zona euro – leia-se Grécia e Itália – e esse é um ponto de honra para o próximo ano. A cumprir-se a meta fixada por Medina, a dívida chegará a 110,5% do PIB em 2023. Em linha com Espanha, França e Bélgica. E longe dos mais mal comportados da Europa. Portugal já beneficia, aliás, desta da trajetória de descida da dívida deste ano com os juros das obrigações a 10 anos em 3,365%, abaixo de Espanha que paga 3,5%.
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Orçamento de máxima cautela no ano em que a recessão pode voltar à Europa
Descida de impostos. Investimento a crescer. Incentivos às empresas. Tudo no sentido certo em ano de crise antecipada. Mas em pequenas doses que os tempos não estão para brincadeiras. O PIB deverá crescer, sim, desde que tudo o que não puder correr mal não corra