Em todo o texto que acompanha a proposta do Orçamento do Estado para 2023 para a Saúde, é no setor das farmácias de ambulatório que consta uma das medidas mais úteis para a população, sobretudo a mais idosa: o Governo admite “promover um mecanismo de renovação automática da prescrição para os doentes crónicos, numa interação SNS/farmácias de oficina”.
Na prática, os doentes crónicos ficam dispensados da visita ao médico de família ou da deslocação ao centro de saúde somente para irem buscar receitas para poderem comprar na farmácia os remédios que tomam regularmente. A outra vantagem é libertar os profissionais das unidades de saúde e os próprios clínicos de uma tarefa que, no caso dos doentes crónicos, é sobretudo burocrática.
A meta de proximidade na vertente do acesso aos tratamentos farmacológicos tem ainda outra novidade: alargar o número de medicamentos de uso exclusivo hospitalar passíveis de dispensa nas farmácias comunitárias. Por definir quais os remédios e doenças abrangidos.