"Às escuras." "Não está fácil." A derradeira reunião de António Costa com Jerónimo de Sousa foi já no sábado às 9h30, mas acabou sem conclusões. Seguiu-se um longo silêncio, mesmo que para este domingo estivesse marcada uma reunião do Comité Central, onde os principais dirigentes comunistas discutiriam o que fazer ao Orçamento.
Nunca a pressão foi tão grande. Sobretudo nunca o Governo ficou em suspense nesta fase do processo: o Bloco pôs-se este domingo completamente de fora; o PAN reuniu-se também mas só esta segunda-feira, às 10h, dirá se dá pelo menos a abstenção ao documento na generalidade; e Jerónimo de Sousa, esse, só desfaz a dúvida final duas horas mais tarde, ao meio-dia.
Até ao fim é suster a respiração, enquanto até no núcleo duro do Governo se tenta medir os sinais de vida do que lhe resta da geringonça: a ligação aos comunistas. E há "sinais contraditórios", diz uma fonte ouvida pelo Expresso.