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Orçamento do Estado

Nove horas em Conselho de Ministros, cinco medidas para convencer a esquerda. São suficientes? PCP e BE dizem que não

Governo aprovou três propostas num longo Conselho de Ministros - com António Costa em Bruxelas - tentando piscar um olho à esquerda na área laboral, na saúde e na cultura. Houve cedências, mas PCP e Bloco já vieram dizer que insuficientes. Mas vêm a caminho outros recuos em sede de Orçamento para levar a Jerónimo e Catarina Martins este sábado

ANTÓNIO COTRIM / Lusa

A ministra de Estado e da Presidência não quis falar sobre as negociações que decorrem sobre o Orçamento do Estado para 2022 - essas ficaram remetidas para os próximos dias - porque o Governo tenciona levar essas últimas cartas para as reuniões com Catarina Martins e Jerónimo de Sousa, este sábado. "Comentários ou reações a declarações sobre Orçamento do Estado não farei porque este é o momento de nos aproximarmos, de olharmos para as propostas uns dos outros e de fazermos essa negociação", defendeu Mariana Vieira da Silva.

Mas esta quinta-feira, a poucos dias da votação do Orçamento na generalidade, o Governo reuniu-se durante mais de nove horas para apresentar as "aproximações" às posições de Bloco e PCP em três áreas-chave que a esquerda parlamentar meteu na agenda do Orçamento, mesmo sendo legisladas à parte: trabalho, saúde e cultura. "Aproximações" foi exatamente a expressão usada por Mariana Vieira da Silva. Chegarão para um acordo? As primeiras reações do PCP e Bloco mostram que não.