Nas negociações para viabilizar o Orçamento do Estado de 2022, o Bloco de Esquerda apresenta uma proposta para que a Segurança Social recalcule as pensões de carreiras longas e de profissões de desgaste rápido em linha com a legislação atualmente em vigor. Esta é uma das nove medidas que o BE leva para a discussão, e, de acordo com o “Diário de Notícias”, o partido estima que o impacto orçamental anual seja de 200 milhões de euros.
O Bloco de Esquerda pede o recalculo de valores de pensões - para pagamentos apenas a partir de 1 de janeiro de 2022 -, daqueles que se aposentaram com cortes nos últimos anos e que já não os sofreriam caso se reformassem agora.
De acordo com o Bloco, o governo terá estimado um impacto anual de 60 milhões de euros para cada uma das três fases da flexibilização para carreiras longas e muitas longas - sendo assim que o partido chega aos 200 milhões de euros anuais.
Ainda na Segurança Social, o partido reclama a revogação do fator de sustentabilidade - que vai abranger, nas palavras do deputado José Soeiro, um universo de pessoas “muito reduzido”, pelo que o impacto desta medida não está estimado.
As nove medidas, apresentadas na reunião de terça-feira, centram-se nas carreiras do setor da saúde, na reposição de valores de pensão para reformas antecipadas com corte do fator de sustentabilidade e na reversão de normas inscritas no Código do Trabalho no período da troika.