A ser aprovada a proposta do Governo para o Orçamento do Estado, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai ter 11 mil milhões de euros para tratar os portugueses em 2022. A verba é maior (6,7%) do que no orçamento anterior, mas, mesmo assim, ainda não chega para curar a “penúria financeira do SNS”, como tem sido diagnosticado pela Convenção Nacional da Saúde (CNS).

O organismo, que reúne entidades de todas as áreas da prestação de cuidados e que tem por missão debater a política de Saúde, alertou o Governo há uma semana para a necessidade de o montante a atribuir ao SNS não “ser a inferior a 12 mil milhões”.

Na verdade, há um reforço de 703,6 milhões de euros (6,7%) na proposta de orçamento para o próximo ano para toda a Saúde, mas o SNS continuará ligeiramente suborçamentado, segundo os responsáveis das entidades nacionais da Saúde.

No próximo ano, a dotação de despesa total consolidada será de 13.578,1 milhões de euros, 7,8% acima da execução estimada até ao final deste ano. É o maior reforço de verbas na Saúde nos últimos anos, traduzindo-se em mais dinheiro para a despesa com os recursos humanos (5.233,8 milhões de euros) ou para a aquisição de bens e serviços (7.064,6 milhões de euros), por exemplo.