A bandeira da reindustrialização para promover "a competitividade da indústria portuguesa e a resiliência económica do País" é um dos pilares do plano de ação do Ministério da Economia para 2021 e, a proposta de Orçamento de Estado apresentada esta segunda-feira na Assembleia da República anuncia o lançamento de um programa de formação profissional e requalificação de ativos em parceria com as entidades gestoras dos clusters.
Numa estratégia que assume o papel central das PME como "motor do crescimento económico" e da competitividade do País, o Ministério da Economia quer manter a aposta na capacitação do sistema científico e tecnológico, fomentando a sua articulação com a indústria nacional, "através da operacionalização do novo enquadramento regulamentar e do novo modelo de financiamento e acompanhamento das infraestruturas tecnológicas".
Simultaneamente, prossegue a política de clusters e reforço dos mecanismos de acompanhamento dos setores, "de modo a garantir a concretização das medidas previstas nos pactos setoriais celebrados e a avaliar a necessidade de revisão dos mesmos em face das novas tendências e dos novos desafios".
"Serão ainda apoiados projetos que estimulem o trabalho em rede e as dinâmicas de eficiência coletiva, reduzindo os custos e os riscos associados à inovação, e que promovam a inserção do tecido produtivo nacional em cadeias de valor, nomeadamente em redes europeias de produtos e serviços de maior valor acrescentado", diz o documento.