Em 2009, José Sócrates foi a votos com um caso judicial a ferver. Ganhou. Mas não foi absolvido. Dois anos depois, caiu, arrastado pelo peso da sua própria sombra. O que as urnas lhe deram, a realidade tirou. E, hoje, Montenegro segue o mesmo caminho. Convoca uma moção de confiança para ser chumbada. Assume a pose de vítima. Simula um cerco que só existe na sua narrativa. Porque, se há instabilidade, não vem do Parlamento. Nem da oposição. Nem da ausência de apoios. Vem dele.
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O salto no escuro de Montenegro
Luís Montenegro quer eleições. Mas não porque acredita que o país precisa delas. Quer eleições porque precisa de sobreviver. E porque sabe que, no tempo da política instantânea, uma campanha pode servir para adiar perguntas, desviar atenções, apagar memórias. Mas Montenegro ignora um detalhe: as eleições não limpam suspeitas