Longe vão os tempos em que o país mediático entrava em modo monotemático porque assessores se desentendiam com violência. Em que um desaguisado entre um ministro e o seu assessor para a TAP levava a exigências de demissão do primeiro-ministro e o Presidente da República a falar de crise.
A notícia de insultos do Ministro dos Negócios Estrangeiros a dois militares, a quem chamou "burros” e “camelos”, acrescentando que "isto, com os militares, é sempre a mesma merda" ainda poderia passar como um pequeno escândalo. Compreende-se a irritação do irascível Paulo Rangel por não poder receber, na pista, onde se filmava o acontecimento, os portugueses vindos do Líbano. Falhava no desígnio deste governo, que é a propaganda.