Em fevereiro, neste mesmo espaço de opinião, alertei para o impacto positivo sobre o crescimento económico da redução de taxas de IRS, suportado pela literatura económica, tendo elencado alguns estudos internacionais nesse sentido – alguns dos quais focados na OCDE, onde Portugal está inserido – publicados em revistas científicas de renome.
Na altura, em que estavam a ser levantadas dúvidas sobre a efetividade das propostas de desagravamento fiscal em IRS e IRC do programa eleitoral da AD – para o qual me foi dada a oportunidade de dar um contributo cívico através do meu conhecimento na área económica –, sublinhei que esses dois impostos diretos, ao incidirem sobre os fatores produtivos (o trabalho e o capital), são os mais distorcionários e penalizadores da atividade económica, justificando os resultados da literatura.