Exclusivo

Opinião

Rui Moreira e Medina: aprender e ensinar

Pretendem que, depois disto, não se fale de responsabilidade política, mas apenas administrativa? Se coubesse aos administrativos estabelecer critérios políticos que envolvem direitos humanos e diplomacia, que restaria aos presidentes?

Toda a gente concorda que é grave fornecer nomes de ativistas a embaixadas de países que não cumprem os Direitos Humanos. Onde a opinião se divide é nas consequências que se devem retirar de tal ato. Os ativistas em causa podem sofrer retaliações pessoais, familiares, patrimoniais, nos seus países de origem, ou em qualquer local onde estejam. É isso mesmo que torna o facto gravíssimo. Não se trata apenas de uma violação do Regulamento Geral de Proteção de Dados, mas, sobretudo, de um profundo desinteresse por regras que dizem respeito à guarda dos refugiados, e aos Direitos fundamentais do ser humano.