A fraude não é um acidente de percurso
A fraude não existe hoje apenas como um acidente de percurso resultante da ganância de alguns concomitantemente com a falta de respeito pelos interesses sociais, mas, desde a década de 80/90 do século passado, de uma forma sistemática, com impactos mundiais e com procedimentos inerentes a uma crescente organização.
O enorme volume de operações ilegais, a liquidez que elas permitem, o volume de branqueamento de riqueza actualmente existente e a grande dificuldade de a combater, concomitantemente com a crescente organização da criminalidade internacional, a sua capacidade para aproveitar a financiarização da economia, a expansão da criminalidade de colarinho branco, as fraquezas de vários Estados e as falta de liquidez nas economias de crise, aumentou, e aumenta, a importância da criminalidade organizada nas nossas sociedades.
A rápida expansão, ampliada pela presente pandemia, das novas tecnologias (a tendência de generalização dos computadores, dos telemóveis, dos tablets, todos utilizando a internet) com crescentes capacidades e crescimento das velocidades de comunicação, torna a ciberfraude, persistente e mutante, e os sistemas de segurança particularmente importantes.