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Opinião

A soberania do medo e os novos pobres da covid-19

As prioridades são, por conseguinte, muito claras. Recordar os mortos, sempre. Tratar os vivos, todos, sem exceção. E cuidar já, atentamente, dos novos pobres que a covid-19 provocou e vai continuar a provocar. Sem esse cuidado, o número de óbitos será, mais à frente, certamente mais impressivo e isso, estou certo, é tudo o que não se deseja

É hoje incontornável para todos o tremendo e significativo impacto que a pandemia provocada pelo coronavírus teve (e infelizmente continua a ter), em maior ou menor medida, um pouco por todo o mundo. O vírus chegou e não titubeou, fazendo refém a até agora sagrada e intocável soberania dos Estados. É, ao fim e ao resto, a pungente e implacável “soberania” ditada por um terrível vírus que a todos subjuga, sem espaço e sem tempo para a mais ínfima reação.