Nem de propósito, tenho lido algumas obras sobre a estória da Europa durante o século XX, e é fácil de constatar que foi uma verdadeira viagem de montanha russa, com um conjunto de mudanças, tragédias e sucessos que o mais imaginativo dos autores teria dificuldade em conceber.
Os múltiplos movimentos sócio-políticos e ideológicos, as imensas reconfigurações de fronteiras e poderes estatais, a própria emergência do Estado-Nação enquanto forma privilegiada de organização nacional e internacional, os movimentos massivos de deslocação e homogeneização de populações, o horror da guerra e, sobretudo o advento de um período prolongado de paz e melhoria de qualidade de vida dos cidadãos, a União Europeia e a promessa de um espaço e identidade supranacional que convivesse de forma sã com as especificidades e identidades nacionais, corrigindo assimetrias e assegurando a liberdade, o ‘modelo Europeu’ que, com todos os seus defeitos e problemas é ainda visto pela maior parte do mundo como o melhor exemplo de civilização existente.