Vivemos um tempo estranho, prenhe de dúvidas e com poucas ou, diria mesmo, quase nenhumas certezas. Julgamos tudo saber e, afinal, nada sabemos. Estamos, aliás, convencidos de que controlamos, ainda que não saibamos bem ao certo o quê, quando na verdade somos nós os controlados. Controlados por algo que criámos ou, se preferirmos, esse enorme big brother a cuja paternidade não podemos jamais renegar, mas que persistimos em ignorar, confortavelmente sentados no sofá da nossa casa e talvez convencidos de que não resta alternativa.
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