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Menos vistos, mais exigências e travão à residência permanente: Keir Starmer aperta requisitos para imigrantes

Plano apresentado pelo Governo trabalhista põe fim aos vistos para trabalhadores menos qualificados, endurece regras para permanência e acelera deportações. Medidas visam reduzir a imigração líquida em 100 mil pessoas por ano e são criticadas por parecerem motivadas pelo medo der perder votos para a direita radical

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, garante estar a proteger o futuro do seu país e não a seguir a cartilha da extrema-direita
Ian Vogler/WPA/Getty Images

Mais difícil entrar e mais fácil ser expulso. Podia ser esta a versão resumidíssima do Livro Branco sobre imigração que o Governo britânico apresentou esta segunda-feira. Ao longo de 82 páginas, o Executivo do trabalhista Keir Starmer detalha medidas rigorosas com objetivos claros: reduzir a migração líquida em cerca de 100 mil pessoas por ano e “reforçar o controlo das fronteiras”.

Em abstrato, este pacote legislativo não surpreende e surge no contexto do debate migratório que tem ganhado força no Reino Unido desde a saída da União Europeia. Durante a campanha eleitoral no verão passado, o próprio Partido Trabalhista comprometeu-se a diminuir a imigração.